O ser humano tem a estranha mania de querer preencher sempre o vazio que
o assola. Talvez, a palavra “estranha” nem seja o termo correto. Podemos dizer
que temos a necessidade. Em qualquer etapa da vida, em qualquer área, seja
financeira, familiar e principalmente amorosa. Ponto-chave da nossa reflexão
aqui. Passamos por várias perdas ao longo da vida, e para tentar preencher esse
buraco que se cria dentro de nós, sempre buscamos outro motivo, uma nova fórmula
que nos deixe estabilizados novamente.
Em exemplo simples vamos ao amor. Você está apaixonado e acaba
acontecendo um rompimento entre os dois e logo em seguida você sente aquele
vazio. Passa dias repensando, tentando ver pontos fortes e fracos que
encaminharam para que aquilo acontecesse. Alguns dias depois você conhece outra
pessoa. Que te encanta, te faz sorrir. E mesmo não sendo aquela paixão
avassaladora você aproveita aquilo e toma para você. Ou até mesmo, você se
apaixona, porque é tudo novo, é uma nova história. Pronto. Preencheu o vazio,
mesmo que só por um momento, ou talvez com muita sorte seja para uma
vida.
Em uma analogia de água e óleo você não sabe se esse novo é a água ou o
óleo. Pois os dois não se misturam. Quando você pensou em aproveitar e viver o
momento não pensou nisso. E não é sua culpa. O ser humano vive de
oportunidades. Agora cabe você viver disso para saber o que realmente é. O
que estou falando aqui não é uma coisa concreta. E nem de forma alguma digo que
é certo ou errado. Eu particularmente acho que devemos passar por isso mesmo.
Por momentos de arrependimentos, por momentos de alegria e emoção. A vida é curta para se privar de paixões que te deixam no ar. O que não podemos é deixar
que isso seja mais importante que nós mesmo.
Um pouco contraditório não?
Porque quando nos apaixonamos, automaticamente vivemos para o outro. Mais você não deixa de ser você. É ótimo viver um amor louco? Sim. É. Mais
ultimamente não tenho deixado isso influenciar na minha alegria. Eu sou feliz
comigo mesmo. Claro, não deixei de me entristecer quando ele não liga, quando a
gente se desentende. Mais isso passa e volto a ficar bem comigo mesmo. Porque
não é o fim do mundo.
Voltando a analogia da água e óleo. Se ele não for minha
água, melhor que se afaste mesmo. Preencho meu vazio de outra forma. Evito sofrimento futuro. O ideal sempre será você
estar bem consigo mesmo. Não sou “expert” nisso, mais a cada dia treino mais.
Me rodeio de esperança em um amanhã melhor sem deixar de viver o meu hoje. O
dia mais importante.