quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Poema de Clarice Lispector - Confesso



Existir é tão completamente fora do comum que se a consciência demorasse mais de alguns segundos, nos enlouqueceríamos. A solução para esse absurdo que se chama "eu existo", a solução é amar um outro ser que, este, nós compreendemos que exista. 

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca."

"É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo."

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível criar em nós."

Em se tratando da minha paz, não poderia ser diferente, Eu "CONFESSO":