terça-feira, 22 de janeiro de 2013

AMOR É PROSA, SEXO É POESIA




Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca e projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posterior pelos prazeres do sexo. O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde.
O amor precisa do pensamento. No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade.
O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. Sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.

Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até, mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo não, – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes é uma masturbação. Sexo, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta.
 O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema.
Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controlá-lo é programá-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas.
O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE.
Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... Comentários de quem souber.

A HORA DA ESTRELA – CLARICE LISPECTOR - FRASES



Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida.
Como começar pelo inicio, se as coisas acontecem antes de acontecer?


Não vou fazer nada por ti porque não sei mais o sentido de amor como antes eu pensava que sabia. Também do que eu pensava sobre o amor, também disso estou me despedindo, já quase não sei mais o que é, não me lembro. Talvez eu ache um outro nome, tão mais cruel a principio e tão ele mesmo. Ou talvez não ache. Amor é quando se dá nome á identidade das coisas?

Que sabia eu daquilo que obviamente viam em mim?(...) A verdade não tem testemunha? Ser é não saber? Se a pessoa não olha e não vê, mesmo assim a verdade existe? A verdade que não se transmite nem para quem vê. Este é o segredo de se ser uma pessoa? Se eu quiser, mesmo agora, depois de tudo passado, ainda posso me impedir de ter visto. E então nunca saberei da verdade pela qual estou tentando passar de novo – ainda depende de mim!


A verdade tem que estar exatamente no que não poderei jamais compreender. E, mais tarde, seria capaz de posteriormente me entender? Não sei. O homem do futuro nos entenderá como somos hoje?

Eu me prometo para um dia este mesmo silêncio, eu nos prometo o que aprendi agora.



Mas há alguma coisa que é preciso ser dita. – vou te dizer o que eu nunca te disse antes, talvez seja isso o que está faltando: ter dito. Se eu não disse, não foi por avareza de dizer, nem por minha mudez. (...) se eu não disse é porque não sabia que sabia – mas agora eu sei. Vou te dizer que eu te amo. Sei que te disse isso antes, e que também era verdade quando te disse, mas é que só agora estou realmente dizendo.

Pois ser real é assumir a própria promessa: assumir a própria inocência e retomar o gosto do qual nunca se teve consciência: o gosto do vivo.

Eu não quero mais o movimento completado que na verdade nunca se completa, e nós é que por desejo completamos; não quero usufruir da facilidade de gostar de uma coisa só porque, estando ela aparentemente completada, não me assusta mais, e então é falsamente minha. (...) Não quero a beleza, quero identidade.
Estou desorganizada porque  perdi o que não precisava.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

AINDA



"Não digamos 'não', nem 'nunca mais'.
Não digamos 'sempre' ou 'jamais'.
Digamos, simplesmente: 'ainda'! ...
Ainda nos veremos um dia .
Ainda nos encontraremos na estrada da vida.
Ainda encontraremos a pousada,
o afeto almejado, a guarida.
Ainda haverá tempo de amar,
sem medo, totalmente... infinitamente..
sem ter medo de pedir, de implorar,
ou chorar.......
Ainda haverá tempo,
para ser feliz novamente.
Ainda haverá tristeza,
ainda haverá saudade,
ainda haverá primavera,
o sonho, a quimera..
Ainda haverá alegria,
apesar das cicatrizes.
Ainda haverá esperança,
porque a vida ainda é criança...
e amanhã será outro dia!...
Autor Desconhecido 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

15 truques para convencer melhor (ou 15 alertas para não cair na lábia dos outros)


1. Antes de pedir um favor ou iniciar uma conversa penosa, sorria e faça elogios ao interlocutor. Só não exagere na dose para não soar artificial. 

2. Imite gestos e expressões faciais e verbais do seu colega. Pesquisas 
demonstram que copiar o parceiro de conversa, sem bancar o mímico, claro, aumenta a chance de persuadi-lo. 

3. Traga lembrancinhas das férias, curta um status no Facebook, ofereça uma carona... 
Presentes e favores criam para o beneficiado uma necessidade de retribuir a gentileza. 

4. Numa discussão com um chefe ou interlocutor difícil de lidar, introduza suas objeções fingindo aceitar as proposições dele. Exemplo: “Eu concordo com isso, mas também temos que considerar...”. 

5. Busque elementos em comum, como time de futebol, preferência musical, nome e origem, para estabelecer uma maior intimidade. A afinidade garante mais sucesso nos pedidos e debates. 

6. Se você quer convencer alguém de que X supera Y, aponte as qualidades de X, mas ressalte sobretudo os defeitos de Y. Há indícios de que nosso cérebro guarda melhor aspectos negativos de uma pessoa ou produto. 

7. Ao defender uma tese, não perca tempo elencando mil argumentos. Tenha foco e dê subsídios para os principais. Isso evita a impressão de que você tem conhecimento superficial do assunto. 

8. Nada de recorrer demais a “hmm...”, “deixe-me ver...” e expressões que denotam hesitação e incerteza. A fluidez do discurso é importante para que ele cole. 

9. Sempre dê motivos. Um estudo mostrou que a chance de você conseguir furar a fila apresentando uma razão (“Posso passar na frente porque estou com pressa e minha mulher está no carro?”) é maior do que se simplesmente você pedir (“Posso passar na frente? Tenho pressa!”). 

10. Numa discussão, coloque-se sempre como superior ou use informações de foro privilegiado. Exemplos: “Sei disso porque morei em Londres...” ou “Então, uma prima que morou em Londres disse...”.

11. Jamais entre numa discussão cansado. O cérebro demanda muita energia. Ao ficar extenuado, multiplica o risco de se embolar e ceder. 

12. Se você quer de fato convencer alguém a fazer algo, certifique-se de selar o compromisso por escrito. Há evidências de que o comprometimento por meio de um e-mail ou bilhete tem maior chance de ser cumprido. 

13. Se quer que lhe façam um favor e suspeita que vão recusar, comece pedindo algo mais difícil. Exemplo: você precisa de R$ 10, mas pede primeiro R$ 30. Caso o interlocutor negue, você questiona se não teria pelo menos uns R$ 10. É alta a chance de a rejeição virar um “sim”. 

14. Aparência faz diferença. Pesquisas indicam que o jeito de vestir e a adequação ao contexto elevam a confiança em quem profere o discurso. 

15. Nas discussões mais complexas, aprenda com o filósofo alemão Arthur Schopenhauer: procure expandir ou generalizar as ideias do interlocutor para encontrar brechas nelas ou invalidá-las. E faça com que ele concorde com cada um dos seus argumentos antes de arrematar. Essa tática o força a aceitar sua conclusão.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

AS VEZES

"As vezes estamos sem rumo ,
mas alguém entra em nossa vida ,
e se torna o nosso destino .
As vezes estamos no meio de
centenas de pessoas , e a solidão
aperta nosso coração pela falta
de uma única pessoa"


----Luís Fernando Veríssimo

domingo, 6 de janeiro de 2013

E QUE A VIDA FAÇA O RESTO...


Aprendi  que o AMOR sozinho não tem a força que eu imaginei, SEJA ELE NA AMIZADE, NA FAMÍLIA OU COMO CASAL...
Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, que a confiança não é questão de luxo, e sim de sobrevivência. 
Aprendi que o “para sempre” sempre acaba e que vou me surpreender, seja com os outros ou comigo mesmo...
Que vou cair e levantar milhões de vezes e ainda não vou ter aprendido tudo.
E acima de tudo, que não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto. 
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                                            Diana Agatha

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

SE VOCÊ...

2013 chegou... E que com ele, chegue o amor... esse é o meu desejo!

“Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado… Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados… 
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite… 
Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado… 
Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela… 

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.”

Carlos Drummond de Andrade